quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Sementes e a restauração: um caminho ou uma pedra no caminho da restauração?
Esta semana em Foz do Iguaçu estão reunidos mais de 1700 profissionais de cerca de 60 países discutindo sobre os caminhos da restauração. A VII Conferência Mundial de Restauração realiza-se em Foz de Iguaçu e um dos temas discutidos em seus vários painéis e simpósios foi a produção de sementes para atender a restauração.
Palestrantes e equipe que discutiu o papel das Redes de Sementes e as demandas para a restauração florestal na VII Conferência Mundial de Restauração. Foz do Iguaçu, de 27 de agosto a 1 de setembro de 2017. Da esquerda para a direita: Rayssa (Instituto Socioambiental-ISA), Fatima Piña-Rodrigues (UFSCar-Sorocaba/Rede Mata Atlântica, Richard (University of Sydney, Australia); Rodrigo Junqueira (ISA) e o Coordenador Danilo Urzedo (ISA, University of Sydney)
Para o atendimento à metas do governo de plantio de 12,5 milhões de hectares nos próximos 20 anos, segundo cálculos de Freire et al. (2017) em seu artigo "A REALIDADE DAS SEMENTES NATIVAS NO BRASIL: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A PRODUÇÃO EM LARGA ESCALA" publicado na revista Seed News, serão necessários de 809 a 2991 toneladas de sementes florestais, dependendo do modelo utilizado. Segundo estimativas realizadas, para isto será necessário o envolvimento de cerca de 22.250 coletores!!! 

Os cálculos foram realizados baseados nos dados das Redes de Sementes do Xingu, Mata Atlântica, do Cerrado, Caatinga, Centro de Sementes Nativas da Amazônia (CSNAM) e Rede Sementes da Amazônia que atuam desde 1999 na organização do sistema produtivo de sementes florestais.

Os resultados e as discussões deste tema foram apresentados no Workshop "Seeds forLarge-scale Restoration: A matter of Seed Networks" e no Simpósio "Challenges for scaling-up  nativeseed production to direct seeding in the Brazilian dry areas"

As apresentações sobre a produção de sementes podem ser obtidas clicando no nome dos eventos.